Eu gosto das pessoas que estão em minha volta e estão sempre mantendo contato. As outras eu me acostumo a viver sem ela, mesmo que meu coração não queira isso, minha mente já não quer mais que eu sofra e faz com que eu me acostume com a ausência.
É como se eu estivesse em uma roda gigante, ao teu lado, só nós dois, lá no topo. Contigo eu não consigo observar quase nada em volta, eu só vejo você, só sinto você só respiro você. A roda vai descendo, e nós chegamos no chão. Você desce, e com um ultimo beijo de adeus, você vai. Durante duas voltas eu não consigo ver nada, não consigo sentir nada, ficou um vazio dentro de mim. Eu sinto sua falta. Mas ai, na terceira volta minha visão começa a desembaraçar e eu começo a enxergar coisas que com você eu não conseguia ver. Começo a me divertir, cada volta é uma surpresa. Só que de repente, sem mais nem menos, sem ao menos pedir licença, você volta e senta ao meu lado, e começamos a viver tudo de novo, eu só passo a enxergar você. E mais uma vez chega o fim. Você desce. E as coisas vão se repetindo, duas voltas, eu sinto saudades. Depois começo a viver de novo, e você volta. E a mesma coisa torna a acontecer várias vezes. Só que agora eu já começo a ficar enjoada de tantas e tantas voltas, quero descer, mas eu começo a perceber que eu não posso sair, que não dá pra descer, ao menos que alguém me ajude. E quando eu preciso de alguém você já não está mais lá... As horas passam, os dias veem e vão e eu continuo rodando, esperando alguém pra me tirar daqui. Tô zonza, minha cabeça roda, as perguntas veem e vão, rodam, rodam, veem e vão...
