barrinhas

segunda-feira, junho 13

Observai as árvores do cerrado

Observai as árvores do cerrado
E me entenderás por inteira
Minha raíz não finca o solo
Minhas folhas não procuram o sol

Me fotossintetizo no céu
E no outono encontro estrelas

O orvalho em minhas folhas
são teus olhos
Que me molham toda
Em manhãs de frio

Da tua água bebo pouco
E do teu veneno
Me encharco

Em todas as tardes de inverno
O meu vício é o teu abraço
E o meu caule é teu desejo
Se enraizando em mim