É o verso preso na garganta
e o tempo que insiste em bater
descompassando toda essa dança
e o peito louco a arder
meu jeito, meus passos, meus olhos
não seguem o que antes seguiam
são palavras cravadas nos ossos
e sem perceber novos sonhos surgiam
nasciam rasgando a pele
brotavam salvando a carne
saltavam pra onde eu não via
corriam com medo do alarde
pari um ser que gestava
um ciclo infinito de seres
um eu de outro eu que restava
se abraçando no tempo
se perdendo no espaço
de nós eu fiz laços
de fitas fiz traços
de mim fiz retalhos
pro manto do dia
e o tempo que insiste em bater
descompassando toda essa dança
e o peito louco a arder
meu jeito, meus passos, meus olhos
não seguem o que antes seguiam
são palavras cravadas nos ossos
e sem perceber novos sonhos surgiam
nasciam rasgando a pele
brotavam salvando a carne
saltavam pra onde eu não via
corriam com medo do alarde
pari um ser que gestava
um ciclo infinito de seres
um eu de outro eu que restava
se abraçando no tempo
se perdendo no espaço
de nós eu fiz laços
de fitas fiz traços
de mim fiz retalhos
pro manto do dia