barrinhas

sexta-feira, dezembro 30

Quase tempo


Como aprender a voar sozinha
n'algum lugar onde pode se ouvir
os tombos no fundo da alma?

E como poder sentir o cheiro do vento
Onde a cada passo
as coisas são mais confusas?

Me enchi de um vazio sentimento de não-ser
Afoguei-me na piscina rasa de ilusões
Deletei-me no incontínuo medo de querer.

Pensando que viver
talvez
seja mais doloroso que morrer



A razão do insano me faz querer
a cor mais azul do celeste
O cheiro mais doce da selva
E o toque mais sensível da orquestra

06/07/10

Mãos
Cabelos
Pernas
Arrepios

Me viro ao avesso
Me torno serena
Pareço pequena
Me dou completamente

Te transito em busca do lugar perfeito
Te respiro
Te aluscino
Te atravesso


Nos transformamos
Naquilo que agora
Não podemos chamar de dois
Nós, viramos um.
Os caminhos que nos trouxeram
Os que só sabem invadir,

os mesmos que nos uniu,
podem nos trair.

Esse vício de eternidade que a gente tem...



Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.


E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.


deu vontade de ficar mais tempo junto, deu vontade de levar essa história até o fim.


Deixa que a loucura escorra em tuas veias. E quando te ferirem, deixa que o sangue jorre enlouquecendo também os que te feriram.


Deve haver alguma espécie de sentido ou o que virá depois?

III


Sã a alma que envolve o corpo
o copo



Eu espero como quem espera
a saudade passar
Sinto como quem sente na noite
o sopro vento varrer o corpo entorpecido

E me perco nos olhos
atormentados de uma criança

Todo no chão
como quem anda sobre a água
Respiro a gota salgada
Que sai da pele dos amantes

Trem

I
Talvez isso não seja assim
tão simples pra mim
Impor limites não me trará forças
Nem tampouco diminuirá esses sonhos

Que fincaram raízes e
Brotaram seus primeiros
Sinais de vida
Em meus ouvidos

Esse desejo foi aumentando
e hoje pareço muito pequena diante
do que cultivei

a poeta

Poeta
me diga de onde tiras
tanta inspiração
tanta rima

Me ensine o abc
das metáforas
pra que um dia eu consiga ler
as cores do vento
as horas que passam
o olhar da criança
o voar do pássaro

Poeta
Teu olhar é firme
como o sol
imenso como o mar
radiante como teu coração
Te sinto nestes versos
te grito e me despeço
lhe peço apenas que segure 
Sempre na minha mão