barrinhas

sexta-feira, agosto 13

ainda faltam quatro dias...

“Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos. Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim. A manter meu buquê de sorrisos no rosto, sem perder a vontade de antes. Porque aprendi, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos.” (Caio Fernando Abreu)

Sem querer estampar na testa que me decepcionei mas continuo amando.
"Não vou cansar de repetir" muito menos de relembrar. Não vou negar que foram momentos ótimos e inesquecíveis.
Mas de fato, existiram detalhes que fizeram toda a diferença. Como retalhos que transformam-se em colchas...
Eu dizia não saber o que seria da minha vida sem você... Eu não sabia nem o que seria dela com você.
Que tola fui ao pensar demais no futuro e esquecer do presente, deixar pra lá coisinhas bobas que passaram, deixar de dizer a frase feita nos últimos dias.
Lembra que eu dizia que quando eu deixasse de te amar eu falaria? O amor nunca morre, boba. E você tinha medo que esse dia chegasse. Por isso eu dava aquele sorrisinho maroto. Pois o dia nunca iria chegar, e você não enxergava isso.
Eu não me arrependo de nenhuma decisão.
Talvez minha ingenuidade tenha me atrapalhado. Ou talvez não tenha sido bem ingenuidade. Eu acho que realmente acreditei de mais em nós e acabei esquecendo da nossa vida pessoal. Aquela que só nós podemos cuidar.
Talvez eu tenha acreditado demais nos encantos do amor e acabei deixando a realidade de lado.
Ou talvez eu tenha amado demais. Uma entrada para raros, onde só o coração guia o caminho, às vezes certo e às vezes muito perigoso e errado.
“Olha: foi bom demais te conhecer. Me deu uma fé, uma energia, sei lá. Ainda não consegui aterrisar bem da viagem e tô sofrendo um pouco, mas tudo bem. Te escrevo mais, logo. Cuide bem de você.”
Não terminamos uma história, muito menos duas vidas. Estamos apenas continuando nossas vidas.
O seu significado ainda existe dentro de mim. Essa linha ainda está presa nas minhas roupas e o nó foi tão bem dado que vai ser difícil soltar.
Só a vida vai poder nos mostrar os erros que cometemos. Talvez nós iremos querer voltar atrás ou então nos redimir de certa forma. Perceberemos que a volta será em vão e talvez será possível uma reconstituição, se a linha não ficar mais grossa que o buraco da agulha, novos caminhos poderão ser costurados, com mais detalhes e mais maturidade.
O destino reservará as surpresas.
Não quero mais fantasiar o futuro. Deixe estar como estar... agora o que eu quero mesmo é viver tudo aquilo que eu não vivi. Ainda resta muito tempo.
E o tempo há de me mostrar a direção... pra onde? Ah, aí é pedir de mais. Deixo apenas que me leve, como o sopro que vai sem precisão ou previsão, ele apenas segue seu caminho de incertezas.

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