barrinhas

segunda-feira, março 3

Memória futura

O tempo que passa opaco
frente às minhas velhas retinas da alma
traz à tona saudades antigas
que correm vermelhas
como o rio correu um dia
Sangrando numa baía qualquer
sonhos
desejos
e doces
que penetraram minhas vidas
latejam canções
em meus ouvidos cansados
buscando no vento
rogando o alto
os velhos sons suaves
dos sinos
marcando a sina
da minha busca
Os sopros das vozes
que correm as esquinas
dessas casas velhas
rasgam meu nome
na esperança da minha volta
Desejo apenas um gole farto de poesia
para adocicar o coração
das almas que vagam sem direção


Pois 
se não fossem 
os doces
e a poesia
que cor teria 
a vida?

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