barrinhas

sábado, junho 5

todos os retratos de pessoas são um retrato de Mona Lisa.

Querida C.
Ler teus textos é como ver a vida de outra forma. Observar caminhos pelos quais passamos todos os dias e não damos a eles a honra de serem percebidos em seus mínimos e abrangentes detalhes.
É abrir a imaginação e dar asas à ela, para que possa contaminar a todos com sua insessante vontade de ser feliz e ser demasiado. É olhar para o lado e ver que existem pessoas ao nosso redor, que elas são reais, e existe um mundo além do que nós insistimos em nos prender. Que a vida pode ser vivida e vista do outro lado do cubo, o lado que nós não vemos, porque estamos de frente para um lado oposto.
É começar a se questionar o porque fomos escolhidos para tal coisa, e qual o poder que essa coisa pode ter sobre nós. É aceitar o privilégio de saber o que aconteceria se apenas vivessemo essa coisa.
É perceber o amor, é saber perdoar.
Tenho orgulho de dizer que leio o que tu escreves. Tenho orgulho de ver teus livros em minha estante.
Fico me perguntando como alguém pode ser capaz de conhecer tantos sentimentos e falar com tanta sinceridade sobre eles.
Era um ser tão evoluído, querida C. Porque teve que partir? Deixando seus textos e suas histórias para que nós conhecessemos uma pessoa tão... tão irreal como foi.
A ti, querida C. só tenho a agradecer o que me ensinaste mesmo sem me conhecer. Mesmo sem nunca ter imaginado que teus pensamentos me tocariam e me fariam crescer. E em troca disso, tenho apenas as minhas singelas palavras repetidas para te oferecer, humildes e embaraçadas.
Continuarei te escrevendo, pois sei que, aonde estás, pode ouvi-las.
Continuarei... pois só tu seria capaz de entender as coisas que sinto, as coisa que me angustiam, as que me fazem imensamente feliz.
"Estou tão perdida que só poderei aceitar que me perdi se imaginar que alguém está me dando a mão".
E esse alguém é você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário